quinta-feira, 3 de maio de 2007

A luz da EDP

Depois de meses a vermos os títulos da EDP a subir, sempre mais alicerçados em especulações do que em factos, eis que nas últimas semanas se tem feito luz.

António Mexia, a quem os accionistas podem agradecer, tem mostrado tanto de óptimo gestor como já nos habituara em falta de humildade.

No espaço de poucos dias a EDP ‘fechou’ dois jogos importantíssimos, e saiu a vencer em ambos, de goleada.

Começou pela aquisição da totalidade da americana Horizon Wind Energy, para provar que a entrada no mercado americano será mesmo uma realidade (mesmo que isso custe um aumento substancial no nível de endividamento da empresa…) e que nem o facto de a EDP ser uma ‘simples’ empresa portuguesa vai mudar o objectivo já traçado.

Depois seguiu-se o assumir pleno da Sonatrach, terceiro maior exportador de gás natural do Mundo, oriunda da Argélia, como accionista de referência no capital da EDP, e por consequência player estratégico. O Governo aplaudiu a iniciativa, e até permitiu a entrada de um elemento dos argelinos no conselho geral e de supervisão da EDP (algo que nunca foi permitido à Iberdrola!).

Agora resta a Mexia descalçar a bota Iberdrola (que possui erca de 9,5% do capital da eléctrica portuguesa). Os accionistas esperam que as boas relações entre Mexia e Pina Moura (nova coqueluche da Media Capital!) tragam boas notícias para a eléctrica. Fica por saber se o mercado fica satisfeito com estes factos e continua a avaliar a EDP acima da barreira psicológica dos 4€, ou se a velha máxima do ‘compra na especulação, vende nas notícias’ também se fará sentir na EDP, num momento em que o título já esteve cotado a 4,44€ e agora ronda a tal barreira… (a 10% dos máximos de vários anos).



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1 comentário:

Fernando Correia disse...

Apesar da boa performance da eléctrica nacional, acredito, como já tive oportunidade de referir diversas vezes, que os actuais valores do título se encontram sob-valorizados. As acções da EDP ainda estão a ser alvo de especulação quer por efeito de uma eventual OPA por parte de uma congénere ibérica, quer por estar a atraír a atenção de Fundos Internacionais. Na minha opinião, os fundamentais da empresa não sustentam um valor por acção muito superior aos 3,70€, 3,80€. A médio prazo, acredito que estes serão os valores que as acções vão necessáriamente atingir. Depois de ter andado bem acima dos 4€, o movimento de ajustamento já começou e será para continuar no meu entender.

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