Vai começar...
...a caça às bruxas e eu vou andar de tocha na mão.
Jornal de Negócios publica hoje uma entrevista ao Comissário Europeu para o Mercado Interno, Charlie Mccreevy:
Têm dito que não querem encontrar bodes expiatórios, mas o facto é tanto você como Trichet estão a apontar o dedo às agências de "rating".
Já disse diversas vezes que as agências não são o único elemento a ser considerado. Mas o facto é que o papel das agências tem de ser analisado e haverá concerteza lições a aprender. Porquê? Porque as agências têm a confiança dos investidores e das autoridades de supervisão e são reconhecidas em alguma da nossa legislação. Além disso há uma óbvia percepção de conflitos de interesse.
Pediu que se analisasse de onde vêm as receitas das agências e de que modo elas se ligam ao desempenho. Não é diferenciar?
Fazemos análises semelhantes para outros sectores. As agências são usadas pelas instituições que emitem dívida e que usam os veículos especiais. São muitas vezes consultoras no processo de emissão e recebem os seus "fees" [comissões]. Depois fazem as notações de risco sobre esses investimentos. Temos de garantir que há boa "governance" e combater potenciais conflitos de interesse. Veja os números das agências: os seus lucros têm estado a subir. Se olhar com mais profundidade, verá de onde vêem os lucros. Isto é algo que temos de analisar.
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