terça-feira, 31 de julho de 2007

Os mercados em carrossel!

A semana que passou foi a pior desde Maio de 2006, e teve um comportamento parecido com a de 27 de Fevereiro, que também promoveu uma situação de pânico nos mercados. Na altura, a desculpa para arrefecer o ímpeto do mercado foram as restrições que o governo chinês prometeu promover, para evitar a bolha especulativa em torno do mercado interno chinês. Poucos dias depois, a visão catastrófica de Alan Greenspan (ex-líder da FED…) que qual profeta, anteviu um crash no mercado chinês (correcções de 50% dizia o senhor…) e ainda uma provável recessão da economia americana obrigaram o mercado a arrefecer, numa altura em que o crédito de risco americano já fazia parte das conversas de corredor.
A semana passada foi também fértil em profecias… segundo vários analistas, as sub-prime mortgages (crédito de risco nos estados unidos…) irão atingir níveis record históricos de incumprimento, situação que diminuirá drasticamente a liquidez nos mercados e poderá ter consequências graves para os mercados accionistas (o mercado mobiliário já está há 5 meses em queda, e não parece capaz de recuperar no imediato) …
A questão que se põe é que todas as ‘profecias’ sobre as sub-prime mortgages carecem de óbvia confirmação, e ainda ficará por se saber quais as reais consequências para os mercados caso os piores cenários dos incumprimentos se venham a constatar.

Na passada 6ªfeira, mesmo com a saída de óptimos dados económicos (todos os valores saíram acima das expectativas dos analistas…) os mercados penalizaram o clima de incerteza em torno das sub-prime mortgages. Recorde-se que já na 5ªfeira, os principais índices mundiais caíram mais de 1%, com destaque para a queda vertiginosa das matérias primas, e por consequência, do mercado inglês, que perdeu mais de 3% do seu valor numa só sessão.

Com o descanso e reflexão do fim-de-semana, o smercados reagiram em alta. A Europa ainda timidamente, mas os estados unidos em força no final de sessão, e já hjoe, 3ª feira, a Europa crescia a um ritmo assinalável (mais de 2% na Alemanha e na Inglaterra…) e os estados unidos davam mostra de querer juntar-se à recuperação.

Em termos de mercados emergentes, o Brazil foi quem mais sentiu as correcções, a par da Turquia, que viu esvaziado o sentimento de optimismo em relação ao desfecho da suas eleições. Já a Ásia comportou-se melhor, contando já esta semana com duas sessões claramente positivas…
No entanto, é inegável que os próximos dias (porventura semanas) serão de manutenção de altos níveis de volatilidade, e consequente incerteza.
Aos mais defensivos aconselha-se óbvia prudência. Para os mais arrojados, poderá ter-se criado uma boa janela de oportunidades… tudo se resume a uma questão de feeling!

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